segunda-feira, 7 de junho de 2010

Você tem alergia à luz?

Sempre tive um comportamento meio estranho. Gosto muito de tomar banho, porém no escuro, sempre. A luz – solar ou não – sempre me incomodou. Por ter os olhos claros vinculado com essa aversão a luz, fui diagnosticado como fotofóbico, ou como preferir, alguém que sofre de hipersensibilidade da luz. Sempre acompanhado de óculos escuro, eu evito a luz há uns 10 anos já. Também sempre sofri de sinusite aguda e rinite alérgica. Quando a crise de espirros vem, nada faz passar, já tentei de tudo: Polaramine, Loratadina, Budercorte, mas sempre a crise alérgica perpetuava pelo dia todo.

Tem mais de um ano que eu mudei de São Paulo para Uberaba. Acreditava que um fator benéfico ao meu favor dessa mudança, seria a amenização dessas crises alérgicas, mas eu “caí do cavalo”, elas pioraram excessivamente. Meu nariz entupia de tal modo que apenas Cloridrato de Fenozasolina descongestionava. Cheguei a usar um frasco de 10 ml em uma noite. Hoje eu sou dependente químico dessa droga, uso me média um frasco em 9 dias.

À cerca de três semanas, eu resolvi passar uns dias na casa do meu pai. As crises alérgicas aumentaram em proporções catastróficas. Estive nesse tempo dormindo no mesmo quarto que meu irmão. Acreditava que a poeira do quarto e a cortina improvisada com uma coberta eram os culpados.

Nesta manhã, meu irmão foi se arrumar para o serviço e acendeu a luz. Em questão de cinco minutos eu estava tossindo e espirrando muito. Era a maldita crise de novo, era só a luz ser acesa e “BANG!”, os espirros não paravam (e dá-lhe Loratadina de novo). Por volta de 9:40 da manhã, eu fui na padaria com meu pai acompanhá-lo. Espirrei o caminho todo, entrei no estabelecimento eu parei de espirrar, no caminho de volta torno a espirrar compulsivamente. Quando eu cheguei em casa, tudo pareceu acalmar. Meu nariz começou a arder e a cara formigar. Conhecia aquela sensação já, era a crise alérgica acalmando-se. Subi para o quarto do meu irmão e a crise começou de novo. “maldita poeira” – pensei. Fui instintivamente correndo tomar um banho. Sempre percebi que isso ajuda a amenizar a crise, logo, sempre procedi desse modo nessas situações.

Neste ínterim, me veio uma idéia de pesquisa na internet. “Será que... Isso existiria?”. Me deparei com diversos artigos sobre um assunto: “Alergia à Luz”, ou também conhecida como “fotosenssibilidade” ou “ espirro fotótico”. Exato! Tudo se encaixava. O quarto de meu irmão fica o dia todo exposto ao sol, desde o momento em que ele nasce até ele se por. Ele está em um péssimo anglo que permite com que isso aconteça. Não era a luz que ele acendia de manhã que desencadeava a crise de espirros, mas sim o sol que nascia naquele momento. Minha avó sempre ressaltou que bastasse eu ir para a praia que eu ficava gripado. Espirrava muito e o nariz não parava de escorrer. É óbvio que vir para uma cidade interiorana não melhoraria neste caso, pois aqui se tem menos poluição e os raios de sol banham os lugares ainda mais. Trabalhei por 8 dias em um serviço noturno, nesse período eu não tive nenhuma crise alérgica. Dormia o dia todo e ficava acordado até o sol se pôr. Minha saúde estava boa, até conseguia ficar sem o uso do Cloridrato de Fenoxasolina pela noite toda.

Toda a minha aversão a claridade estava explicada, tudo que eu sentia batia com os sintomas da doença. Resolvi fazer um teste: vendei meus olhos com um pano preto, tomei um banho e em seguida fui para o quarto de minha irmã e lá permaneci na escuridão. Aos poucos a crise foi diminuindo e meu canal nasal desobstruindo.
Não existe um exame que diagnostica essa doença, é apenas uma série de eventos (tipo os que eu sofri) que levam ao diagnóstico. Se eu realmente sofro de fotosenssibilidade eu não sei, mas evitar a luz em geral faz com que eu não tenha crise de espirro. Sempre vincularam o modo como eu evitava a luz e o dia com o fato d’eu gostar de histórias vampiricas, com o rock que eu escutava ou até mesmo com depressão.

Como a doença funciona: Existe um nervo dentro do nosso crânio chamado Nervo Trigêmeo, que tem função mista (serve tanto para mexer quanto para sentir). A parte motora desse nervo faz a mandíbula funcionar e a parte sensitiva dá sensação à pele do rosto, à parte de trás da língua, aos dentes, às pálpebras e às mucosas da boca e nariz. E é aqui onde meu interesse começa. O nervo ótico (um nervo do tipo que só serve para sentir) quando superestimulado (sair de um lugar escuro para um muito claro) pode vazar e interferir no trigêmeo (assim como ligar o liquidificador pode interferir na imagem do televisor. Fiação mal-feita...), acionando-o. Isso é um traço genético de codominância (não vou explicar isso aqui, mas é o mesmo esquema de tipo sanguíneo) que faz com quê os indivíduos que a possuam espirrem quando saiam ao sol.

Algumas teses (inconclusivas) minhas sobre a doença agindo especificamente em mim:

1 – Retenção de líquido: Sempre fui gordinho. Fiz inúmeras dietas, mas sempre recuperei peso muito fácil. Não como muito, rápido sim, mas em quantidade, eu não passo dos limites. Loratadina, o que eu venho me entupindo a vida toda, faz reter liquido. E de certa forma, acredito que o Cloridrato de Fenoxasolina também provoca essa retenção de líquido.

2 – Banhos excessivos no escuro: O calor da água quente faz os nervos dilatarem. Sempre meu nariz obstruía nesses banhos, mas a crise de espirro passava. De certa forma isso me ajudava.

3 – Dores de cabeça: todo santo dia eu tinha dor de cabeça. Bastasse sair ao sol que ela vinha. Sempre achei que isso fosse pela sinusite, mas por outro lado, é impossível que meus sinos estejam inflamados por 15 anos ininterruptamente depois de tanto anti-inflamatório tomado em diversas situações.

Se você quiser saber mais sobre essa doença, procure um oftalmologista ou se não tem convênio e o serviço público de seu país for uma merda como no meu, pesquise na internet!

sábado, 29 de maio de 2010

Menino de 2 anos fuma mais de 40 cigarros por dia

Um telejornal do canal da Record mostrou uma reportagem de um garoto de dois anos que fuma mais de quarenta cigarros por dia na Indonésia. Confesso que fiquei encafifado e fui dar uma checada melhor no vídeo (lê-se: fui ver no Youtube). Percebi que o menino NÃO tem dois anos nem aqui nem na China, nem na Indonésia e nem mesmo em Papanuapã (não precisa pesquisar esse último lugar no Google pq ele ñ existe).

Cicatriz:
Note na imagem abaixo que o garoto tem uma cicatriz no lado direito da testa. Bem, quem nunca caiu de bicicleta ou tomou um tombo na vida? Mas me responda: quanto tempo uma cicatriz leva pra chegar nesse estágio?



Dentição:
Não sou dentista, mas notei também que o menino tem uma quantidade muito grande de dentes na mandíbula inferior. Ele já deve ter o quê, os segundos molares? Ok, em alguns casos a dentição de leite está completa antes mesmo de chegar aos dois anos de idade. Na verdade o tempo de nascimento de dentes difere nas etnias. Na Europa a primeira erupção de dente sucede or volta dos 11 meses - 1 ano. No Brasil em 6 meses, na Indonésia, um povo que não tem nem pelos, a média é de que o dente nasça por volta de um ano também. Agora, no prazo de um ano, ou que seja, um ano e meio, o garoto já desenvolveu essa quantidade de dentes? Bem... como eu disse antes, eu não sou dentista.



Agilidade:
Poxa... 2 anos (que seja 3) ele tem essa agilidade com as mãos? Essa destreza de poder brincar com o cigarro sem se machucar? Hum... sei não...



Não me apedrejem, mas o menino não tem dois anos nem f*dendo! Sei que é errado, mesmo assim é uma criança e tal, mas é o seguinte, lema daquele carinha que diz o Ok-Ok: “eu aumento mas não invento”. Mais uma vez vimos uma notícia com informaçãoes erradas apenas para aumentar a audiência. É, este é o nosso mundo globalizado, ete é o nosso Brasil. País o qual o que é dito na TV "É" verdade absoluta!

Assista o vídeo aqui.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Analise vampirica

Devido a uma gama imensa de protestos contra minha repugnância a Crepúsculo & CIA, criei uma lista comparativa do mito vampiro de cinco escritores: Bram Stoker, Anne Rice, Marcelo Del Debbio, Dooll Silverd e claro, Stephenie Meyer.


Sol:

Stoker: Criador do personagem Drácula, Stoker deixa claro que o que transformou o Conde Vlad Tepes em vampiro, foi nada mais nada menos do que a ira de Deus. Ele não sofreu nenhum processo de “abraço”, muito menos recebeu o “dom das trevas” de ninguém. Sendo assim, ele não pertence a nenhum clã vampirico. Drácula saía no sol. Esse personagem, por sua história, tem alguns privilégios, mas também sofre de diversas outras fraquezas a mais.

Rice: Mãe das Crônicas Vampirescas, Anne permitiu o mesmo para seu personagem principal. Lestat esteve com Mennoch (ou demônio, capeta, satanás para alguns), bebeu o sangue de JC (Jesus Cristo), e da Rainha dos Condenados: Akasha. Ele pode sair ao sol também, porém apenas ele. Outros vampiros que foram expostos ao sol morreram (definitivamente!), como Claudia, Madeleine, Armand (spoiler!) e até mesmo o próprio Louis quase partiu dessa pra pior também.

Debbio: Este jovem escritor criou um universo vampirico respeitando o mito acima de tudo. Seus vampiros NÃO saem ao sol. Do contrário: PUF!

Dooll: Esse sou eu! Não vou falar de mim, hehehe! No meu universo, o que mata o vampiro nem é o sol, mas sim a “magia do dia”. Estando nublado ou não. Se o cara sair na luz solar, já era pra ele, não importa qual personagem seja.

Meyer: TODOS seus vampiros saem no sol e ficam estranhamente brilhantes como se estivessem envoltos em uma camada de purpurina (?).


Voar:

Stoker: Drácula não voa, ele se locomove através de outra forma física: a névoa.

Rice: Voam e levitam.

Debbio: Nem fu#*@do!

Dooll: Não. O máximo que fazem é se deslocar tão rapidamente que ele consegue desenvolver força o suficiente para sair do chão. É o mesmo fenômeno físico que ocorre com um carro que corre muito.

Meyer: Pelo que eu entendi, Meyer usa da mesma questão física que eu. Eles não voam, apenas se deslocam muito rápido.


Sangue:

Stoker: Para Drácula, o sangue é conseqüência de sua punição. Ele precisa do sangue não para viver, mas sim como uma espécie de “combustível”.

Rice: Lestat não precisa, mas o resto dos vampiros sim. Por que? Simples, ele bebeu sangue do JC! Um vampiro pode até se alimentar de sangue de animal por um tempo, mas ele precisa do sangue de humanos para poder viver também.

Debbio: Sim, precisam excessivamente. E sempre humano!

Dooll: Precisam também. Podem viver com o sangue de animais, mas por um curto período. Assim como no universo de Rice, o sangue humano é insubstituível.

Meyer: Uma dieta de animais pro resto da vida é suficiente para sua sobrevivência eterna!


Outros alimentos:

Stoker: Ele nem cogita essa possibilidade!

Ricce: Os alimentos que não sejam sangue são automaticamente expelidos do organismo praticamente no mesmo momento que são digeridos. Além de serem intragáveis.

Debbio: Ele pode até se alimentar, mas em questão de poucos minutos ele vomitará tudo.

Dooll: Segue a mesma linha de Debbio.

Meyer: Pelo que eu entendi sim, mas também não podem abusarem.


Meio Social:

Stoker: Ele tá pouco se lixando para isso! Drácula é Drácula e ponto!

Ricce: Os vampiros de Anne Rice brincam com os humanos, mas não tem a mínima intensão de se passarem por bons para a sociedade.

Debbio: Eles manipulam a sociedade!

Dooll: Eles também estão pouco se lixando para isso! Não há tempo para essas formalidades.

Meyer: Eles precisam se entrosarem a sociedade para poderem levarem uma vida normal [/EMO]!


Problemas com outras linhagens de aberrações (lobisomens, demônios, magos...)

Stoker: Drácula é tão fodão que ele controla os animais e pode assumir outras formas, como lupina e morcegal.

Ricce: Eles se dão muito bem com bruxas, mas isso é tudo que existe além de vampiros em seu universo literário.

Debbio: Rincha mortal!

Dooll: Cada espécie segue seu curso tentando não interferir na outra.

Meyer: Tiveram um acordo no passado e tal, mas existe uma disputinha aí.


Amores e paixões:

Stoker: Seu amor que o levou ao fracasso. Drácula só é Drácula por que despertou a ira de Deus quando Ele “tirou” a vida de sua amada.

Ricce: Os vampiros de Anne Rice não se apegam a sexualidade. Eles se apaixonam pela companhia alheia, seja ela masculina ou feminina. Quando eles resolvem manter relações sexuais, eles também não fazem distinção de sexo. Ou seja: é tudo bi!

Debbio: A ilusão do amor morre com o nascimento do vampiro, logo ele não se atém a isso.

Dooll: É quase o mesmo caso da Rice, porém os vampiros de meu universo não têm aptidão sexual nenhuma. É tudo impotente!

Meyer: Amam platonicamente e fazem um monte de cagadas por esse amores. Parecem um bando de adolescentes!


Perpetuação de espécie:

Stoker: Basta beber o sangue.

Ricce: Entregando o “dom das trevas”.

Debbio: Algumas raças pelo “abraço”, outras por rituais.

Dooll: Pelo abraço, porém só ocorre se Deus permitir. Do contrário o humano morre no processo.

Meyer: Abraço também, mas pode ser por gravidez (sim, eles têm espermatozóides vivos)!


Em um consenso geral, Meyer deturpa o mito vampiro, na verdade ele criou seu próprio vampiro. Aquele que um dia foi terror para alguns, vilões para outros, no universo Twilight é algo tão desejado quanto uma vaga no BBB. O que “ofende” nós, os outros escritores é o fato de que TODOS nós tentamos manter uma linha tênue e respeitar a principio do mito, como uma espécie de regrinhas básicas, mas Meyer... infelizmente não o fez.

***

Mito vampiro: O mito surgiu na Grécia antiga. Os pais contavam histórias desse tipo para manter seus filhos longe de aventuras e explorações em cavernas e outros lugares perigosos. Eles contavam a história de Lamia (ou Lâmia), a rainha que foi condenada por ser amante de Zeus a viver nas sombras se alimentando de sangue humano. Ela tem o corpo de uma serpente da cintura para baixo.

Abraço: Transfusão de sangue.

Dom das Trevas: Transfusão de sangue.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Anjos, demônios, possessões e apocalipse - As novas vertentes do catolicismo

No dia 25 de março de 2010, eu entrevistei o padre Sebastião Benito Quaglio, pároco da Igreja Santíssima Virgem, em São Bernardo do Campo (OFM – Ordem dos Franciscanos Menores). Ele me mostrou que vários conceitos que temos sobre a igreja católica são distorcidos. Mas o que mais me impressionou, foi que ele afirma que a bíblia é recheada de suposições e incertezas. Confiram a entrevista abaixo.

Dooll: No ponto de vista do catolicismo, o que ou quem é Deus?

Pe. Sebastião: Não sei. Deus é algo ou alguém, cuja essência, substância ou o quer lá o que seja, é incognoscível. Sempre me apoiei na Teologia Apofática(1), me cheira melhor, ou seja, define-se o que Deus não é. Não ha juízos “achismos” e assim por diante.


Dooll: O que são demônios? De onde vêem esses seres? Foram criados por alguém?

Pe. Sebastião: Hoje caro, homens minimamente racionais não mais pronunciam tal termo (risos). isso e coisa da época medieval. Problemática de Tomas de Aquino(2).


Dooll: Então não existem demônios?

Pe. Sebastião: Nem Deus sabemos se existe! Calcule a afirmação com relação aos demônios.


Dooll: Em especifico, como o catolicismo vê a criação de várias religiões dia após outro?

Pe. Sebastião: Veja caro, em relação às outras religiões - leia-se aqui hinduísmo, budismo, judaísmo, zoroastrismo, etc. –, o catolicismo também é uma "invenção". Hoje, fala-se em Paradigma Teocêntrico(3), não mais em Cristocêntrico(4), ou seja, segundo a perspectiva da teologia das religiões, todas as manifestações reúnem condições para que seus respectivos adeptos encontrem Deus. Obviamente, a tradição vaticana não "aprova" essa idéia... nem pode (risos)!


Dooll: No espiritismo existe um termo para alguns espíritos obcessores que são chamados de almas vampiricas. No catolicismo existe algo que retrata o mito vampiresco?

Pe. Sebastião: Mito vampiresco? Na visão de alguns católicos poderia ser o Nietzsche5 talvez, ou Schopenhauer,5 ou quem sabe o velho Marx(5)! Em verdade eu nunca ouvi falar disso!


Dooll: Deus sendo o criador do amor, como o catolicismo deve deixar implícito de modo não cruel, o castigo divino do juízo final?

Pe. Sebastião: Deus não é o "criador" do amor, Ele é o próprio. Ha um problema teológico na tua afirmação. Enfim, tomando essa proposição por principio, é levando em conta a condenação do "Juízo Final". Alguns argumentariam que, tendo sacrificado seu filho em virtude da redenção do gênero humano, a condenação seria uma "opção" do sujeito em questão, algo relacionado com a boa ou a má utilização de seu livre arbítrio. O catolicismo sempre deixa implícito que o juízo acontecerá então... Não só o catolicismo, mas as vertentes cristas de cunho protestante também. Segundo Agostinho, por exemplo, o mal não existe em si, e apenas a "ausência" do bem, assim, quem esta em "erro" está distante da face de Deus, por sua conta e risco (risos)!


Dooll: Deus permanece biologicamente inexplicável. O catolicismo acredita que um dia será?

Pe. Sebastião: Só se a ciência assim o fizer e, as únicas esferas de conhecimento que reúne condições para tal são a teologia e/ou a filosofia. Mas elas permanecem no âmbito das especulações. Ademais, segundo Kant, Deus não e passível de demonstração positiva. Pela razão pura, é impossível "provarmos" Deus. Deus é artigo de fé, apenas isso.


Dooll: Como o catolicismo explica os efeitos paranormais e mediúnicos?

Pe. Sebastião: Não os conheço. Nunca presenciei algo semelhante. Nesse caso, seria mais interessante perguntares a um espírita, o tradicionalismo católico os interpretara como uma espécie de manifestação demoníaca, mas como vimos, esse assunto foi encerrado na era medieval, ou seja, fica elas por elas (risos)!


Dooll: Todos estão sujeitos a possessão. Como o catolicismo explica o porquê ocorre somente em alguns casos específicos?

Pe. Sebastião: Os demonologistas de plantão, dês das décadas de 70 e 80 não mais trabalham com exorcismos. A questão acerca do demônio, sempre foi evitada dentro da igreja


Dooll: Sério? Não imaginava isso!

Pe. Sebastião: São coisas totalmente ultrapassadas. A teologia superou a esfera dos mitos ha 500 anos, ontologicamente(6) falando. É outro ponto que a igreja não mais discute.


Dooll: O anticristo já está entre nós?

Pe. Sebastião: A meu ver sim, na forma do neoliberalismo.


Dooll: Anjos: eles existem?

Pe. Sebastião: Segundo a perspectiva bíblica sim. Ate mesmo por que se não existissem, o que seria da Gehenna(7)?


Dooll: Segundo a bíblia, o apocalipse retrata as sete igrejas que reapareceram em locais distintos, porém todos estão no oriente. Tomando em base que as forças maiores que prejudicam a humanidade e o planeta não estão do lado do oriente, isso ainda é pregado a risca, ou hoje é visto como algo simbólico?

Pe. Sebastião: Temos dois pontos nessa questão hoje, quem prejudica a existência da humanidade e ela própria. Temos "focos" perigosos brotando de ambos os hemisférios, seja aqui, nos EUA, no oriente, na China, na Coréia do Norte, o Irã, e assim sucessivamente. Todos em potencial, evidentemente. Mas tentando responder a questão, o livro do apocalipse, pelo fato de ser recheado de símbolos, é visto atualmente sob a luz de forte hermenêutica(8), isto é, é preciso muito cuidado para interpretá-lo. Segui-lo ao pé da letra significaria o maior dos erros. Alias, a bíblia como um todo. Então, pode-se afirmar que as sete igrejas (o numero sete esta ligado a perfeição nessa perspectiva) é algo simbólico, tal como o número 666. Como decifrá-lo? Uns dizem ser uma instituição, outros uma pessoa física. São somente suposições, nada mais.



***

(1) Teologia Apofática: aquela que explica Deus negando. Ex.: Deus não é humano, Deus não é limitado etc.

(2) Problemática de Tomas de Aquino: conflito entre a fé e a razão.

(3) teocentrico: que provém do teocentrismo. Deus como o centro das coisas.

(4) Cristocêntrico: é a continuação do Ministério do Senhor Jesus Cristo,

(5) Nietzsche, Schopenhauer e Marx: folósofos alemães.

(6) Ontologicamente: trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres.

(7) Gehenna: forma que Jesus trata por diversas vezes na bíblia o apocalipse.

(8) Hermenêutica: é um ramo da filosofia que se debate com a compreensão humana e a interpretação de textos escritos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tabelinha da verdade

Me pergunto: por que raios a igreja católica não foi banida da Terra assim como o nazismo se ela prejudicou muito mais?

Cachecól do Papa Bento XVI


Eu estava dando uma futricada no Google Imagens e olha com o que me deparo: o Papa Bento XVMIIIXIX usando um cachecól meio... obscuro; malévolo. É impressionante como existem pessoas que chama esse homem de bondoso. Alguém que matou muitos em uma guerra jamais deveria ser permitido tamanho cargo, mesmo que na igreja católica.

Capa de CDs - Padres Cantores

Dá só uma olhada nas capas dos CDs dos caras!







Parede de mármore


Esta é uma imagem que eu extraí de uma das paredes de mármore do 10º do Banco Safra, situado na Avenida Paulista. O pessoal do banco não tem nada a ver com maçonaria. Eles são na verdade judeus. Confesso que o prédio é bastante assustador em alguns pontos. Todos os andares têm uma obra de arte feita de metal e existe algumas portas que são trancadas a cadeado onde ninguém sabe o que há ali. Todas as paredes dos andares são revestidas de mármore, assim como o chão. O que será que está escondido no prédio da matriz do Safra?